quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

1º de fevereiro – Dia do Publicitário...

Esta é, também, uma excelente oportunidade para uma reflexão sobre o que andamos fazendo com a nossa profissão. Peço desculpas aos amigos, por colocar algumas perguntas que não querem calar, pois que me perseguem há mais de 50 anos e que, por insistir em lutar por elas, acabo sendo chamado de um velho e quixotesco publicitário. Não me incomoda muito ser confundido com a grande figura da obra de D. Miguel de Cervantes, o célebre D.Quixote de La Mancha, um cara que acreditava honestamente naquilo tudo por que lutava. Acho que é por isso que continuo acreditando que é preciso continuar lutando, sim, enquanto estiver por aqui.
Um abraço
Humberto Mendes

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1 - Temos tratado com ética, respeito, amor e seriedade o nosso oficio de publicitário?

2 - Temos mantido uma relação de dignidade ou de subserviência com os clientes, com os veículos, com os fornecedores, com as entidades?

3 - Temos lutado pela preservação dos valores éticos, morais e profissionais da nossa atividade?

4 – Temos formado novos e bons profissionais para “tocar” nossa atividade no futuro? Isso envolve outra pergunta: como temos respondido a cada convite que recebemos de estudantes para uma palestra em sua faculdade? É bom não esquecer que quase todos fomos estudantes, estagiários e, como os jovens de hoje, um dia corremos atrás do futuro.

5 - Temos procurado estabelecer limites mínimos para o que criamos envolvendo a verdade, o respeito à nossa língua, o bom gosto, o respeito ao ser humano?

Vale lembrar, por exemplo, que a mulher não é um objeto de uso qualquer para ter sua imagem vilipendiada por certas propagandas de bebidas e outros produtos, isso pra não falar no péssimo tratamento que se dá às crianças, aos animais, à família e, no desrespeito aos direitos de todos, porque toda vez que a propaganda é tratada como se fosse brincadeira, perde o anunciante que tem seu produto colocado numa vala comum, perde o consumidor que é encarado como um idiota, que aceita qualquer porcaria, e, finalmente, perde a propaganda, que acaba absorvendo para si a pecha de atividade carente de seriedade.