Recebi este material de uma amiga, e como ele nos mostra uma ação de propaganda e nos convoca a todos para uma inteligente reflexão, tomo a liberdade de colocar no meu blog, aproveitando para chamar você a refletir também. Infelizmente não sei quem é o autor desta maravilha.
Humberto Mendes
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"O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:
-- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e margeantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
-- Nem penso mais nisso, disse o homem, quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!"
Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe, atrás de miragens e falsos tesouros. Valorize o que você tem, a pessoa que está ao seu lado, os amigos que estão perto de você, o seu trabalho, o conhecimento que você adquiriu, a sua saúde, o sorriso, o amor, enfim, tudo aquilo que a vida lhe ajudou a conquistar.
Não é preciso esperar que um anúncio lhe mostre tudo isso.
Este blog vem atender as inúmeras solicitações de estudantes de propaganda, ex-estagiários e jovens profissionais que estão entrando agora no mercado de trabalho, aos quais pretensiosamente acredito ser possível passar, em alguns minutos, conceitos e valores que levei mais de 50 anos e muita porrada pra aprender. Nele você encontrará crônicas, causos, cases além de histórias e discussões em torno da propaganda.
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Publicidade infantil, o que é isso?
Estamos em 15 de março de 2012, e muito se fala atualmente sobre responsabilidade pelos "males" da chamada publicidade infantil.
Claro que somos todos responsáveis. Mas até onde vai nossa responsabilidade? Como publicitário, entendo que temos que ser responsáveis, primeiro por acabar com essa ingenuidade de tratar esse assunto como publicidade infantil, porque não existe publicidade infantil, como não existe publicidade adolescente, publicidade adulta, publicidade geriátrica etc. O que existe é publicidade, uma arte elaborada geralmente por pessoas adultas, com a intenção precípua de atingir, como neste caso, mães, pais, padrinhos, madrinhas, tios, avós etc. Esse sim, é o publico alvo. O consumidor de publicidade. Porque são eles e elas que compram os brinquedos, alimentos, roupas, guloseimas e tudo o que é consumido pela criança.
Definitivamente, criança não não produz e não consome publicidade.
Então, voltando ao assunto, precisamos entender - e entendemos - que a responsabilidade por educar nossas crianças é de mães, pais e da família como um todo, enquanto que a de ensinar a ler, escrever e contar é tarefa da escola.
Virou moda em nosso país atribuir a culpa de tudo à publicidade quando a grande culpada pelos desvios de conduta da nossa população de todas as idades é a fraca educação que recebemos em nossas escolas, por falta de incentivo do Estado, desde o tempo da capitanias hereditárias. Pergunto ao amigo leitor, um adulto que estudou ontem: na sua escola alguém deu aulas e orientou sobre os males da maconha, da bebida, do cigarro, da mentira, da inveja, do ódio, da vingança da preguiça, do medo, da gula e tantos outros que assolam a nossa população de todas as idades? Tenho receio de que temas dessa importância ainda não façam parte das grades curriculares do ensino, porque poucos têm coragem de abordar o assunto.
Só como um lembrete: na antiga União Soviética, por pura hipocrisia de seus burocratas, era proibido fazer anúncios de bebidas alcoólicas, no entanto, não era obrigatório ensinar e orientar, nas escolas de todos os níveis, sobre os males desses vícios que geralmente começam cedo. Isso porque o Estado jamais concordou em abrir mão das polpudas somas de impostos arrecadados em cada gole de vodka. Todos sabemos que os russos sempre beberam, e bebem muito. O que prova que proibir a publicidade por lá não adiantou, e prova também que proibir, na maioria dos casos, é pura hipocrisia, e é também a melhor forma de esconder as falhas do Estado embaixo do tapete.
E assim, morrendo de preocuopação eu pergunto: será que não estamos enveredando pelo mesmo caminho?
Claro que somos todos responsáveis. Mas até onde vai nossa responsabilidade? Como publicitário, entendo que temos que ser responsáveis, primeiro por acabar com essa ingenuidade de tratar esse assunto como publicidade infantil, porque não existe publicidade infantil, como não existe publicidade adolescente, publicidade adulta, publicidade geriátrica etc. O que existe é publicidade, uma arte elaborada geralmente por pessoas adultas, com a intenção precípua de atingir, como neste caso, mães, pais, padrinhos, madrinhas, tios, avós etc. Esse sim, é o publico alvo. O consumidor de publicidade. Porque são eles e elas que compram os brinquedos, alimentos, roupas, guloseimas e tudo o que é consumido pela criança.
Definitivamente, criança não não produz e não consome publicidade.
Então, voltando ao assunto, precisamos entender - e entendemos - que a responsabilidade por educar nossas crianças é de mães, pais e da família como um todo, enquanto que a de ensinar a ler, escrever e contar é tarefa da escola.
Virou moda em nosso país atribuir a culpa de tudo à publicidade quando a grande culpada pelos desvios de conduta da nossa população de todas as idades é a fraca educação que recebemos em nossas escolas, por falta de incentivo do Estado, desde o tempo da capitanias hereditárias. Pergunto ao amigo leitor, um adulto que estudou ontem: na sua escola alguém deu aulas e orientou sobre os males da maconha, da bebida, do cigarro, da mentira, da inveja, do ódio, da vingança da preguiça, do medo, da gula e tantos outros que assolam a nossa população de todas as idades? Tenho receio de que temas dessa importância ainda não façam parte das grades curriculares do ensino, porque poucos têm coragem de abordar o assunto.
Só como um lembrete: na antiga União Soviética, por pura hipocrisia de seus burocratas, era proibido fazer anúncios de bebidas alcoólicas, no entanto, não era obrigatório ensinar e orientar, nas escolas de todos os níveis, sobre os males desses vícios que geralmente começam cedo. Isso porque o Estado jamais concordou em abrir mão das polpudas somas de impostos arrecadados em cada gole de vodka. Todos sabemos que os russos sempre beberam, e bebem muito. O que prova que proibir a publicidade por lá não adiantou, e prova também que proibir, na maioria dos casos, é pura hipocrisia, e é também a melhor forma de esconder as falhas do Estado embaixo do tapete.
E assim, morrendo de preocuopação eu pergunto: será que não estamos enveredando pelo mesmo caminho?
segunda-feira, 26 de março de 2012
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