sexta-feira, 22 de junho de 2012

O grande legado do V Congresso



Não vamos falar de todas, ou de cada uma das comissões ou painéis que fizeram o sucesso do V Congresso, porque temas como o futuro da profissão, mercado global, marca Brasil, comunicação e crescimento econômico, liberdade de expressão e democracia, personalização, privacidade, as novas fronteiras da mídia, sustentabilidade e comunicação, internacionalização da propaganda brasileira,  a palavra do consumidor, propriedade intelectual, legislação e ética, criatividade e sucesso, novos caminhos para criar marcas, regionalização, grandes eventos, desafios e oportunidades, assuntos brilhantemente tratados  nas Comissões do V Congresso,  já foram ou estão sendo esgotados por toda a mídia, não só nacional mas também internacional.
Certamente a Comissão Organizadora do Congresso, comandada  por Luiz Lara, enviará para todos, brevemente,  os anais do V Congresso com vasto material contando tudo o que aconteceu... 
Por isso resolvemos falar de uma  figura internacional, que nunca trabalhou em agência, em veículo e muito menos em  anunciante, logo nunca foi um publicitário. Mas nunca deixou de ser um dos nossos, já que vive comunicação o tempo todo.  Não é à toa  que ele está no nosso V Congresso.
Trata-se do arcebispo Desmond Mpilo Tutu, cuja apresentação no Congresso nos legou uma verdadeira lição de democracia. Muito mais do que um  sacerdote sul-africano, um homem do mundo, Tutu sempre foi um dos mais destacados defensores dos injustiçados como Nelson Mandela e tantos outros. Mestre Tutu conquistou o respeito de toda a humanidade porque lutou até a vitória final contra o “apartheid”. É um dos mais brilhantes líderes mundiais e defensor intransigente da liberdade de expressão e democracia. Sua lição vai ficar gravada nos corações e mentes dos mais de 1.300 delegados de todos os segmentos de mercado que marcaram sua presença nos dias 28, 29 e 30 de maio, no V Congresso da Indústria da Comunicação. A lição de velho “Prêmio Nobel da Paz” é uma daquelas coisas que ninguém vai esquecer.

(publicado nos jornais: Jornal do Comércio, Diário de Pernambuco e outros jornais do estado)

domingo, 17 de junho de 2012

Resultados concretos para anunciantes, agências, veículos e consumidores


Entrevista publicada no Anuário de agências de publicidade do Rio Grande do Sul em Setembro de 2011.

 “Estamos constantemente em contato com as diferentes realidades regionais que existem  nesse imenso Brasil, e é por isso que defendemos tanto a valorização dos mercados regionais, como fator de aceleração e crescimento do país, e as agências locais têm muito a contribuir, pois conhecem como ninguém as particularidades de cada região”.

Humberto Mendes, Vice Presidente Executivo da FENAPRO, analisa aqui a atuação da entidade e sua verdadeira contribuição ao setor.

Qual a principal bandeira da FENAPRO?
 A principal bandeira da FENAPRO é a valorização, o crescimento e o desenvolvimento da atividade publicitária brasileira em todas as regiões do País.

 A FENAPRO opera em 26 Estados e no Distrito Federal do país. Como consegue atuar preservando homogeneidade em culturas tão diversas, comparativamente ao norte e ao sul do país, por exemplo?
 A FENAPRO, por ser entidade sindical de grau superior, representa a atividade econômica publicitária em todo o país, através dos sindicatos estaduais e diretamente nos estados onde ainda não exista um SINAPRO.
 A questão da diversidade de culturas em todos os quadrantes do país é muito bem entendida pela entidade, estamos constantemente em contato com as diferentes realidades regionais que existem nesse imenso Brasil e é por isso que defendemos tanto a valorização dos mercados regionais, como fator de aceleração e crescimento do país, e as agências locais têm muito a contribuir, pois conhecem como ninguém as particularidades de cada região. Frequentemente estamos nos reunindo com todas as lideranças regionais da publicidade em seus próprios mercados de atuação e como até hoje não inventaram alguma coisa mais eficaz do que a Internet, mantemos contato permanente com esses nossos pares.

 Como a FENAPRO vê e analisa a qualidade da propaganda produzida em terras brasileiras?
 Sem dúvida que a qualidade da propaganda brasileira é excelente, haja vista os inúmeros prêmios internacionais que recebemos.
  Acontece que existe um Brasil enorme com suas particularidades e que está produzindo valiosas campanhas publicitárias, e constantemente vem se aperfeiçoando, apesar de muitas vezes trabalhar com parcos recursos, e mesmo assim consegue extrair excelentes ideias, produzindo propaganda de boa qualidade.

 Quanto à ética profissional, o país está em que condição, comparativamente ao primeiro mundo?
 Neste sentido estamos bastante adiantados e até em condições melhores, porque entendemos que o respeito à ética em qualquer atividade humana não deveria ser visto como uma simples questão de respeito às leis, mas acima de tudo um dever de consciência de cada um. Na propaganda fazemos questão fechada de lutar o tempo todo em defesa desse princípio. Um dos trabalhos que a FENAPRO realiza com frequência é o de disseminar o respeito ao ofício de publicitário e a cultura da ética profissional junto aos estudantes de comunicação, através de palestras e seminários em todo o Brasil.

 Existe respeito às normas que proíbem certos tipos de publicidade?
 Nesse quesito temos o melhor mecanismo de autorregulação no setor que é o CONAR.

 Fora dos Grandes centros, como as agências se posicionam?
 A FENAPRO tem como objetivo maior disseminar a valorização profissional das agências e seus profissionais em todos os mercados, de norte a sul do país. Um trabalho que vem sendo realizado com muito sucesso há mais de 03 anos e, podemos afirmar que o posicionamento de uma agência de propaganda, não importa se pequena, média ou grande, e nem a unidade da federação onde esteja instalada, hoje é o mesmo posicionamento, porque entendemos que propaganda é um negócio de resultados concretos para o anunciante, para agência, para os veículos e para o consumidor que recebe uma informação bem elaborada e com qualidade suficiente para ajudá-lo em suas escolhas.

 O que falta e o que sobra ao analisarmos o perfil dos nossos profissionais como dirigentes de agências?
 Falta um pouco mais de consciência do grande valor que tem o seu trabalho como dirigente de um setor que gera progresso, em todos os sentidos, e o que sobra é a necessidade de se entender como multiplicador de todos os valores empregados no seu trabalho.

  Quais os planos de crescimento da FENAPRO em expansão e proposta de atuação?
A FENAPRO entende que deve continuar trabalhando duro na defesa de todos os princípios elencados neste texto. Entende também que é fundamental a soma de esforços entre os profissionais de propaganda, as empresas e as entidades setoriais na busca permanente do aprimoramento e reconhecimento dos valores que a atividade tem de sobra.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Meu quinto Congresso


No primeiro, em 1957, eu era um garoto iniciando na atividade da publicidade e, de lá para cá, virei publicitário de corpo e alma e nunca deixei de estar presente no grande evento.
Mesmo sendo considerado um irrecuperável quixotesco por alguns dos nossos parceiros, sempre achei que a publicidade deveria ser um negócio de resultados concretos para os anunciantes, para os veículos, para  o consumidor e para si mesma como atividade.
Os Congressos muito têm colaborado para eu continuar acreditando nessa assertiva, e o V Congresso, realizado nos dias 28,29 e 30 de maio de 201,2 não foi diferente. Vejamos;

Primeiro, o  anunciante, que pode estar consciente de que as agências são  empresas sérias,  inteligentes e com linguagem moderna e atualizada o suficiente para  ajudá-lo, em qualquer parte do território nacional, não só a desovar seus produtos, mas também e principalmente, a valorizar suas marcas e conquistar a preferência e fidelidade do consumidor.
Segundo, os veículos que encontram no insumo publicidade o melhor complemento para sua existência como multiplicador de uma informação comercial confiável, e muitas vezes até melhor que a informação editorial, já que é estribada em pesquisas e estudos aprofundados do comportamento humano.
Terceiro, o consumidor, que hoje já recebe uma informação baseada  em dados de planejamento e  pesquisas, e não é tratado  como massa de manobra, o que lhe permite interagir mais de perto com anunciantes e produtos e,  assim, ter respeitados os seus direitos de cidadão.
Quarto e último,  a própria publicidade, que a cada dia se liberta mais da mediocridade de maus profissionais e aventureiros que muito colaboraram para que nossa profissão  fosse vista como uma atividade carente de seriedade  a ponto de se tornar a "bola da vez ou bode expiatório" daqueles (não preciso citar nomes) que não têm capacidade de eliminar, nem mesmo de minimizar o tamanho de sua hipocrisia.
Participei atentamente de quatro comissões do V Congresso, e seu conteúdo me deu a ampla certeza de que a publicidade brasileira continua, como sempre, no rumo certo.
Até o VI Congresso, se eu ainda estiver por aqui pela esfera terrestre.