Vivo falando e escrevendo sobre
as crises que assolaram o mundo e continuam assolando, ainda que as nossas
sejam sempre crises passageiras como tantas que já tivemos no Brasil, como a de
2009 que nem bem apareceu, já se prenunciava na cabeça dos nossos derrotados de
sempre como um verdadeiro tsunami que iria varrer do mapa nossas empresas e
negócios. Mas que foi, de uma forma inocente, mas inteligente, qualificada pelo
presidente da República naquele momento
como uma simples marola.
Não deu outra, o tsunami não
aconteceu, o Brasil não parou de
produzir, e as empresas continuaram anunciando, vendendo sua produção e
valorizando suas marcas, porque anunciar
é fundamental, principalmente nos momentos difíceis.
Outro dia, conversando com o
mestre Oswaldo Mendes, lembramos de um acontecimento extremamente importante
que serve com um bom exemplo para esses momentos.
Durante a segunda guerra mundial,
a indústria americana praticamente se
transformou em indústria bélica com todo mundo produzindo os insumos necessários
ao enfrentamento de uma guerra que já tomava de assalto quase toda a Europa e
Ásia. Foi nesse momento que o Sr. Henry
Ford, com sua visão de futuro, autorizou uma campanha criada por sua agência, acredito que prevendo o fim
da guerra. O tema era “Há um Ford em seu futuro...” A ideia era tão boa que
penso que já devia ser a Thompson a agência
da Ford.
Essa frase forrou os muros, as
paredes dos postos de combustível, as porteiras das fazendas, enfim, em todo lugar a Ford gravou essa
mensagem e, com o fim da guerra em 1945, colheu os ótimos resultados de sua
coragem por não desistir. As pessoas
foram nas revendas buscar o Ford que lhes foi prometido. Muitas empresas que não anunciaram quebraram. Ganharam a
guerra, mas perderam a batalha de continuar no mercado.
Publicado no jornal em Propaganda e Marketing, de São
Paulo, e no Jornal A Tarde, da Bahia
Um comentário:
Adorei saber maias detalhes sobre esta campanha. Tenho algumas imagens dela e acho que foi realmente a grande capacidade empresarial de Henry Ford de perceber que o fim da guerra chegaria e os consumidores ficariam ávidos para consumir a fim de recuperar o tempo perdido. Obrigada!
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