Essa
crônica foi publicada no
jornal Propaganda &
Marketing, no dia lº de dezembro de 2003. Aquela
quinzena ficou marcada, na propaganda, por trocas de agências nunca vistas
num mesmo período. Num desses casos, sem mais nem porquê, a reunião entre
o pessoal de atendimento de uma certa agência e um certo cliente, não digo
os nomes por não ter a anuência de ambos, começou e terminou assim:
“Escolhemos outra agência.
A partir deste domingo você já poderá ver nossos comerciais na televisão.
Quanto é que lhe devemos?". Com essa sutileza paquidérmica, foi liquidada uma relação que já
durava tempos entre agência e cliente. Alguns executivos acham que
pagar a fatura é o suficiente
para quitar tudo o que uma agência faz: pelas marcas, pelas vendas, pelo
desenvolvimento das empresas e também pelo seu emprego na empresa.
Esses absurdos acontecem a toda hora e só servem para acabar com a ética entre empresas e pessoas.
A relação entre uma agência de publicidade e seu cliente envolve muito mais do que a pergunta: “quanto é que lhe devemos?” Definitivamente não é igual à do consumidor com a padaria da esquina, onde ele compra pão, leite etc., etc., até que um dia troca uns desaforos com o “seu Manuel” por causa do troco e muda para outra padaria.
Pra começar ,a agência assume um compromisso que chega a ser sagrado, de não atender concorrentes, manter absoluto sigilo sobre os planos de seu cliente. A agência de publicidade tem um código de ética, que cumpre. Para fazer seu trabalho, a agência investe em novos serviços, pesquisas, estudos de mercados específicos e forma material humano especializado no atendimento de cada novo job, porque na atividade da publicidade não existem padrões e fórmulas prontas para atender à enorme variedade de problemas que os clientes lhes apresentam e para os quais pedem soluções.
E qual seria um preço justo por todo esse trabalho? O mestre Caio Domingues dizia: “Vale o combinado e são até desnecessários contratos e registros cartoriais, desde que exista, de ambas as partes, profissionalismo, respeito mútuo e respeito à ética, principalmente...”.
Esses absurdos acontecem a toda hora e só servem para acabar com a ética entre empresas e pessoas.
A relação entre uma agência de publicidade e seu cliente envolve muito mais do que a pergunta: “quanto é que lhe devemos?” Definitivamente não é igual à do consumidor com a padaria da esquina, onde ele compra pão, leite etc., etc., até que um dia troca uns desaforos com o “seu Manuel” por causa do troco e muda para outra padaria.
Pra começar ,a agência assume um compromisso que chega a ser sagrado, de não atender concorrentes, manter absoluto sigilo sobre os planos de seu cliente. A agência de publicidade tem um código de ética, que cumpre. Para fazer seu trabalho, a agência investe em novos serviços, pesquisas, estudos de mercados específicos e forma material humano especializado no atendimento de cada novo job, porque na atividade da publicidade não existem padrões e fórmulas prontas para atender à enorme variedade de problemas que os clientes lhes apresentam e para os quais pedem soluções.
E qual seria um preço justo por todo esse trabalho? O mestre Caio Domingues dizia: “Vale o combinado e são até desnecessários contratos e registros cartoriais, desde que exista, de ambas as partes, profissionalismo, respeito mútuo e respeito à ética, principalmente...”.
Como eu disse lá em cima, na
abertura, esse texto foi publicado em 2003, mas ainda vale para hoje,
porque infelizmente muitas relações continuam sendo rompidas do mesmo
jeito.
Amigos, ética nunca teve contraindicações. E não vai ser agora que vai ter!
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