quarta-feira, 4 de maio de 2011

Anvisa e a competência das proibições

A Anvisa, com muita competência, está analisando todo produto alimentício que vem do Japão e adjacências, como medida preventiva em favor da saúde de nossa população. Parabéns à Anvisa.

Também frequentemente, a mesma Agência Nacional de Vigilância Sanitária vem dando duro em cima de farmácias, drogarias, cozinhas de bares e restaurantes, hotéis e similares, contra os abusos de certos comerciantes nas questões de limpeza e higiene e na venda ilegal de medicamentos, o que põe em risco a saúde de nossa população. Parabéns novamente à Anvisa.

Para fazer esse extraordinário trabalho, a Anvisa é extremamente competente e não precisa de observadores técnicos nem de especialistas nessas questões. Uma simples denúncia é o suficiente.

Agora, tem outros aspectos nas ações da Anvisa que muito nos preocupam: as proibições à propaganda de produtos legalmente fabricados por empresas legalmente estabelecidas, que empregam e pagam impostos e não deixam sair da sua linha de produção quaisquer produtos que não passem por um rígido controle de qualidade para apontar problemas que possam causar males à saúde da população. Aqui, a nossa nota para a Anvisa é zero.

É preocupante observar que esse trabalho da Anvisa não é respaldado por avaliações de técnicos e profissionais qualificados nas áreas de propaganda e comunicação, e mais preocupante ainda, é observar que problemas como alcoolismo, vícios com remédios, fumo e drogas as mais variadas são problemas causados muito mais pela má educação no Brasil do que pelos investimentos em propaganda, e por culpa dos anunciantes e das agências de propaganda, como lamentavelmente a Anvisa quer fazer acreditar, a ponto de imputar à propaganda a responsabilidade por todos os males. Nesse caso, para a Anvisa nossa nota também é zero.

Como sugestão para melhorar e respaldar a qualidade do trabalho da Anvisa nesse e noutros aspectos, sugerimos que a competente Agência de Vigilância Sanitária inclua em sua equipe uma comissão de profissionais de propaganda e comunicação, que poderiam ser pinçados de grandes agências, do Conar e das entidades que regem o negócio da propaganda, no sentido de ajudar no melhor entendimento da comunicação de campanhas, envolvendo todos os segmentos de consumidores.

A Fenapro se coloca à inteira disposição da Anvisa para ajudar a viabilizar esse grupo de trabalho.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei o blog! parabens...