sexta-feira, 4 de março de 2011

Grandes líderes nunca morrem

Profissionais como Ítalo Bianchi, Caio Domingues, Otto Scherb, Emil Faraht e outros não morrem e não morreram, porque seus exemplos de amor e dedicação ao ofício ficaram aqui, norteando a vida daqueles que acreditam que nossa profissão tem que ser "tocada" com ética, seriedade e profissionalismo em tempo integral.

No dia 26 de novembro de 2008, na cidade do Recife, falávamos para um auditório repleto de estudantes das Faculdades Maurício de Nassau sobre o IV Congresso Nacional de Publicidade e de como os Congressos anteriores nos legaram o que temos de melhor na propaganda brasileira.
O objetivo principal daquela nossa palestra (prefiro conversa, porque não gosto de ser chamado de palestrante, pois não tenho competência para tanto) era lhes contar o que aconteceu no IV Congresso e procurar mostrar para os jovens profissionais que vão “tocar” o negócio da propaganda no futuro, que eles também têm uma grande responsabilidade de trabalhar pela viabilização de teses como liberdade de expressão, o papel da propaganda na sustentabilidade socioambiental, qualificação profissional, valorização regional da propaganda, a importância de conviver e aprender a usar adequadamente as novas mídias que aparecem a todo instante e muitos outros aspectos sobre os quais os jovens profissionais não podem descurar, como a dedicação ao ofício, o respeito aos princípios éticos e o profissionalismo em tempo integral, sem os quais a propaganda corre o risco de sofrer um desmanche e passar a ser nivelada com profissões e atividades antigas, pouco ou nada qualificadas.
Procuramos mostrar-lhes o exemplo dos grandes profissionais que trabalharam o tempo todo para ajudar a viabilizar as propostas dos congressos anteriores, como a criação do Conar, IVC, Lei 4680, Código de Ética dos Profissionais de Propaganda e tantas outras, que colocaram a nossa atividade entre as melhores do mundo, incluindo na lista dos heróis responsáveis por tudo isso, e muito merecidamente, o nome de Italo Bianchi e o que ele representou para o desenvolvimento da propaganda, não só de Pernambuco, mas de todo o Brasil.
Italo morreu? Não Morreu não... Porque homens como Ítalo Bianchi, Caio Domingues, Castelo Branco, Otto Scherb, Gerard Wilda, R. Lima Martensen, L.Celso Piratininga, Armando D’Almeida, Marcus Pereira, Carlito Maia, e tantos outros grandes profissionais jamais morrem, porque o seu exemplo de profissionalismo e amor ao ofício de publicitário ficou aqui para ser usado pelas futuras gerações.
O Italo, ultimamente, entre outras atividades, dava consultoria e aulas de História da Arte nas Faculdades Mauricio de Nassau.
Não foi preciso pedir duas vezes: a salva de palmas daquela plateia foi uma grande homenagem da futura propaganda brasileira a Italo Bianchi, um autêntico pernambucano, nascido em Milão, Itália, que no dia 5 de outubro de 2008 nos deixou, muito antes do combinado.

Publicado em Propaganda e Marketing, dez. 2008

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