sexta-feira, 4 de março de 2011

Nossos problemas e as entidades atentas

Criticar e condenar os outros é muito fácil. Difícil é arregaçar as mangas e fazer alguma coisa. A maior parte dos nossos problemas não se resolve, basicamente, por falta de ações de cada um de nós para resolvê-los. Para a maioria dos nossos críticos, é mais fácil ficar parado e deixar que as coisas aconteçam para ver como é que ficam.

Nossos problemas são muitos e têm solução. É só não esmorecermos, não cruzarmos os braços e ficarmos esperando por milagres que sabemos, de antemão, não vão acontecer. Estamos todos engajados numa luta permanente em busca de soluções para a nossa imensa carga de problemas. No entanto, o que mais nos atrapalha são as cobranças, na sua maioria injustas, vindas do nosso próprio meio. Todo dia aparece um novo cobrador de atitudes: é gente que diz que as entidades não se movimentam, que não estão fazendo nada e que este ou aquele problema não tem mais solução e o que resta, segundo sua pusilânime opinião, é esperar sentado que um primeiro feche a porta, porque não tem mais salvação.
Gente que pensa assim só pensa assim. Só sabe cobrar e criticar; agora, meter a mão na massa e ajudar a fazer alguma coisa, nem pensar!
Apenas para dar uma ideia daquilo que as nossas entidades andam fazendo em termos de luta e, falando não apenas em nome da Fenapro onde trabalho, mas também no de outras, que tenho certeza, não estão de braços cruzados esperando alguém fechar a porta, ouso afirmar, sem nenhum medo de errar, que neste momento temos várias ações de combate à carga tributária que assola o País e mutila o nosso negócio. Estamos enfrentando a ação de um prefeito que propõe eliminar o serviço de agências para a prefeitura de sua cidade, varrendo do mapa as agências como se fôssemos uma atividade marginal. Estamos trabalhando no enfrentamento de um projeto que propõe acabar com a publicação de matéria legal (balanços e outras) nos Diários Oficiais dos Estados e a redução drástica dessas publicações nos jornais de grande circulação. Nossas entidades estão atentas e trabalhando duro em Brasília, onde tramitam hoje mais de 120 projetos de Lei contra a propaganda. Temos participado de reuniões com vários órgãos de governo, especialmente com a Anvisa, que tem uma série enorme de restrições à propaganda de alimentos, bebidas e medicamentos, chegando ao nível de exigir a colocação de quase uma bula nos comerciais de medicamentos.
E não estamos falando dos problemas oriundos das denuncias das CPIs etc. e tal.
Temos muitas ações em andamento e algumas delas não podem ser divulgadas para não atrapalhar o seu encaminhamento. É por essas e outras que eu gostaria de pedir, encarecidamente, a certas pessoas, que não atrapalhem e deixem quem trabalha trabalhar em paz.

Publicado em Propaganda & Marketing março 2007

Nenhum comentário: