quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O "estranho poder" da mídia e da propaganda

O amigo leitor sabe que a propaganda e a mídia são atividades das mais novas, entre todas as que formam o conjunto da economia brasileira.

Ideias novas que em pouco tempo deram certo no Brasil (algo em torno de 60 anos para a publicidade e um pouco mais para a mídia) e se transformaram em potentes ferramentas de informação, de geração de progresso e de empregos, e que por isso mesmo, nos dias atuais, são as mais procuradas profissões nos exames vestibulares.

Historicamente, a propaganda e a mídia sempre caminharam juntas no trabalho de informar, educar e instruir o ser humano, desde os tempos em que os anúncios de creme dental ensinavam as pessoas a escovar os dentes e os de sabonete a tomar banho. Depois com a industrialização do país, a propaganda e a mídia nos ensinaram a usar o fogão a gás, a televisão, a máquina de lavar e ainda hoje, os anúncios ensinam a operar os mais intrincados sistemas de informática, telefonia celular, a TV digital e todas as novidades que aparecem a todo instante.

Mas, infelizmente, ainda assim, essas duas grandes parceiras e colaboradoras do desenvolvimento encontram adversários de todos os matizes e em todas as classes sociais. É comum - e até já virou moda - pessoas ricas, pobres e remediadas apontarem um dedo para acusar a propaganda e a mídia, como as maiores e até, em muitos casos, como as únicas responsáveis pelos vícios do fumo, bebida, gula, e muitos outros, quando na verdade, todos sabemos que esses maus costumes e vícios, são o resultado de uma educação de baixa qualidade, que desde os tempos das capitanias hereditárias governo nenhum conseguiu resolver. Não falta muito para atribuírem à propaganda e à mídia a culpa pela matança de crianças, pedofilia, corrupção e tantos outros crimes que grassam no Brasil e em todo o mundo.

De qualquer forma, precisamos entender que ter adversários, é normal em qualquer atividade onde estejam envolvidas pessoas, para as quais toda ideia nova está sempre sujeita a críticas injustas, porque as justas e construtivas ninguém gosta de fazer.

O que não é novidade para nenhum de nós é que a medida da importância de uma nova ideia se faz pela emoção que o seu aparecimento provoca, pela violência da oposição que desperta e pela intensidade e persistência da cólera de seus adversários. Foi assim com Sócrates, Cristo, Galileu Galilei, Joana D’arc e tantos outros mártires.
E nós não somos melhores do que eles para não merecer passar por certas provas.

O que está faltando para esses míopes e exacerbados críticos entenderem é que a propaganda e a mídia brasileira não têm um mínimo de culpa pelos desserviços de alguns e muito menos pelos vícios que as pessoas já tinham, quando Johan Guttemberg inventou o sistema de impressão em "tipo altura" e quando surgiu a primeira agência de propaganda no fim do século 19.

O que essas pessoas precisam saber é que o medo só existe porque o medroso não conhece aquilo que lhe faz medo. Assim, sugiro que procurem entender melhor o verdadeiro papel da propaganda e da mídia, porque ambas não têm medo de ninguém, muito pelo contrário vão continuar trabalhando para informar e esclarecer as pessoas e empenhadas em colaborar para o progresso do país, queiram ou não essas pessoas.

Um comentário:

Blog Autor Independente disse...

Humberto, parabéns pelo blog! Será de muita importância pra alunos e profissionais de comunicação. abraço