terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Propaganda e a Sustentabilidade

A responsabilidade da propaganda e da comunicação com a preservação ambiental, com o compromisso de deixar um mundo habitável para as gerações futuras é muito maior do que a da maioria dos segmentos da sociedade, porque informar, educar, criar conceitos é nossa tarefa. Já fizemos campanhas memoráveis em defesa do meio ambiente, do ser humano e vamos continuar fazendo. É sobre isso que falamos nesta crônica, publicada em 2008 no Propaganda & Marketing

Adotado como substituto para o nome responsabilidade social, uma proposta que lamentavelmente não encontrou na maior parte do empresariado e da população a receptividade e o apoio esperados, até por culpa do seu próprio noviciado, a partir de agora, onde se lia responsabilidade social, leia-se sustentabilidade socioambiental.

Sustentabilidade.

O que é isso? O conceito "sustentabilidade" tem, no mundo todo, uma relação muito direta com os vários aspectos econômicos, culturais, sociais e ambientais que afetam frontalmente a vida do ser humano. Originalmente era tratado como desenvolvimento sustentável e fazia parte da Agenda 21, um programa das Nações Unidas. Para se ter uma ideia de sua importância, sua abrangência cobre ações que vão desde o comportamento entre vizinhos até o comportamento com o planeta. Fala-se muito em desenvolvimento sustentável; no entanto, é preciso que fique esclarecido que qualquer empreendimento humano só é sustentável se estiver alicerçado em quatro pontos básicos a saber: ecológica e economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.
É inegável que o século XX nos legou o que temos de melhor em nossas vidas: passeamos pelo cosmos, aportamos na Lua e estamos próximos de alcançar outros mundos. As nossas invenções e descobertas se superavam em pouco tempo e eram substituídas rapidamente por outras melhores, graças ao desenvolvimento da ciência e da nossa própria capacidade de realização. Mas também não podemos desconsiderar que ficou para trás, como um duro legado para todos nós, uma carga gigantesca de problemas sociais, morais e ambientais para serem resolvidos, principalmente por aqueles que pretendem deixar um mundo humanamente habitável para as gerações futuras.
Todos nós, independentemente de raça, profissão, crença religiosa, política e ideológica, temos que tomar atitudes sérias com relação a isso.
Temos de nos conscientizar de que “não viemos aqui a passeio, viemos para protagonizar...” como bem disse Christina Carvalho Pinto em sua palestra no 5º Fórum Mundial de Comunicação Social.
Nesse mesmo 5º Fórum Mundial de Comunicação Social, realizado em Porto Alegre no dia 25 de março de 2008 e que teve seus trabalhos centrados nos temas Contribuição da mídia para a Sustentabilidade ambiental; Direito ambiental e sustentabilidade; Consumo em harmonia com o planeta; Sustentabilidade: comunicação e marcas na berlinda; e Conscientização ecológica pela mídia, na condição de representante da Fenapro, tomei a liberdade de apresentar várias ações já realizadas pela propaganda em prol da flora, da fauna e do homem, como a campanha SOS Mata Atlântica, que fez o povo pensar em ecologia, e várias outras ações voltadas para o comportamento humano; também me permiti prometer que a propaganda jamais negará seu amplo, total e irrestrito apoio a toda e qualquer iniciativa que se tome nesse sentido.

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