terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A propaganda e a comunidade

Muito mais do que "transformar seres humanos em desbragados consumidores do supérfluo", como dizem alguns dos nossos detratores, a propaganda tem uma função social de extrema importância na vida das pessoas e da comunidade à qual elas pertencem. Gostaria de chamar a atenção do amigo leitor para alguns exemplos disso:
1. Consciência de comunidade sempre foi uma das ideias mais difíceis de se implantar, e não é de hoje, mas, graças ao empenho e apoio desprendido de empresários da propaganda e de anunciantes de todos os segmentos da nossa economia, estamos começando a colher bons resultados nesse sentido.
2. No meu tempo de menino, e já vai muito tempo, lembro-me com todos os detalhes, de como os anúncios de creme dental Kolynos, Odol e Gessy ensinavam as pessoas a escovar os dentes; os de sabonete Lever, Eucalol e Vale Quanto Pesa, a tomar banho com sabonete; os de gás (GLP) ensinavam a usar o fogão a gás com segurança, e ainda hoje, a propaganda continua fazendo esse mesmo denodado trabalho didático: com o computador, a internet, o celular, o forno de microondas e tudo de novo que aparece.
3. Outro exemplo: tomando por base o tema do meio ambiente, em que se objetiva manter as ruas e as cidades limpas, numa campanha ou num simples anúncio isolado, o que a propaganda faz é mexer na mente das pessoas, criando uma consciência de membro, que todos somos de uma comunidade que é, em essência, a família, a casa, a rua, o bairro, a cidade, o país, o planeta Terra, o universo. Ela orienta o ser humano e cria em sua mente a consciência de que, como membro da sociedade humana, precisa preservar o meio ambiente onde vive, respeitar o direito do outro, que não pode ser obrigado a conviver com um lixo, defeitos e vícios que não são seus. E o resultado é o que já se vê hoje em nossas ruas: muitas pessoas, adultos e crianças, ricos e pobres não mais atirarem papéis e outros detritos na rua e no rio, conservando-os na mão, até encontrar um cesto de lixo.
Muitas outras ações e campanhas de responsabilidade social e de interesse comunitário são desenvolvidas a todo momento pela propaganda, seja para arrecadar recursos materiais e humanos para hospitais e centros de atendimento à criança e à velhice desamparada, seja para estimular as pessoas a crescerem como seres humanos de qualidade, no mais amplo sentido que o termo ser humano em si encerra. A propaganda faz tudo isso, mas não faz sozinha, porque "uma andorinha só não faz verão".
Todo e qualquer esforço para se realizar algum trabalho útil, que redunde em bons resultados e benefícios para a coletividade, só é possível quando se conta com a participação e o apoio de todos: indústria, comércio, poder público, meios de comunicação, enfim, de todos os que formam a comunidade em que vivemos.
A Federação Nacional das Agências de Propaganda e os Sindicatos das Agências de Propaganda dos Estados brasileiros onde esse texto está sendo publicado, as entidades do setor como ABA, ABAP, ANER, ANJ, ABERT, APRO, APROSOM, CENP, CONAR, as agências de publicidade, os meios de comunicação, todos os seus profissionais, posso garantir, têm plena consciência de suas responsabilidades e por isso mesmo estão sempre ao inteiro dispor de quem quiser trabalhar por ideias e campanhas que visem melhorar a qualidade da vida na terra, mar e ar e principalmente a vida do ser humano.

Publicado na Revista Algo Mais – Recife PE, em 01/nov/06.

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