quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que espero do IV Congresso

Este artigo foi publicado no jornal Propaganda e Marketing, no dia 14 de julho de 2008, dois dias antes da abertura do IV Congresso Nacional de Publicidade. Nele, procurei expressar minhas incansáveis esperanças de que melhoremo-nos, como seres humanos e, principalmente, como profissionais de publicidade.

Não é demais reafirmar que nossos congressos anteriores legaram muita coisa boa para a nossa atividade. Leis, IVC, Conar, Códigos de Ética, Consciência profissional de respeito ao ofício de publicitário e outros benefícios, graças aos quais nossa atividade, a publicidade, colaborou enormemente para o desenvolvimento do País. Depois de falar tudo isso e muito mais um dia desses para um grupo de estudantes de comunicação, eles me perguntaram o que eu esperava dos próximos Congressos de Publicidade, a começar pelo IV, nos dias 14, 15 e 16 de julho/2008.
Como não tenho grandes esperanças de participar dos próximos, que podem acontecer daqui a 5, 10, 15 anos, até por uma questão de idade, pois só de propaganda tenho mais de 50, vou falar de minhas esperanças neste nosso IV Congresso, com base em alguns dos 15 painéis que vamos ter naqueles três dias.
Toda vez que falo de minhas esperanças em nosso negócio, soa como mais uma atitude quixotesca de minha parte, mas f... Para um bom entendedor, uma só letra basta.

Responsabilidade social e sua comunicação – Tenho certeza de que nossas agências vão continuar se empenhando em fazer, por exemplo, campanhas voluntárias pela sustentabilidade socioambiental, visando tornar o planeta despoluído e habitável para as próximas gerações que virão cumprir novas existências aqui, na esfera terrestre.

Prestadores de Serviços – Daqui em diante, com toda a certeza, as relações entre todos os que compõem a indústria da publicidade vão ser aprimoradas.

Licitações públicas - Haverá mais respeito às leis e verdadeira transparência nos editais de licitação em todos os níveis, para escolha de serviços de agências e os licitadores vão parar de misturar publicidade com estopa, prego, parafusos, contratação de serviços de vigilância, limpeza etc...

Criatividade – Vamos parar de brincar com a imagem da mulher, que não é um objeto de qualquer uso, com o anunciante e com o consumidor, que não são idiotas, e com a imagem da nossa própria atividade, que certos comerciais de TV, como alguns de cerveja, passam para a publicidade a fama de uma atividade irresponsável.

Mercados Regionais - Como já se produz publicidade da melhor qualidade em qualquer parte do País, a valorização dos mercados regionais será o compromisso ético e moral de nossos profissionais, das agências, veículos, anunciantes e fornecedores de todos os mercados, de norte a sul do País.

Educação e formação profissional – Nenhum publicitário atuante em agência, veículo ou anunciante vai se recusar a fazer, voluntariamente, palestras para estudantes de faculdades, escolas e cursos de propaganda e marketing de todo o País. Dessa forma, vamos ajudar a forjar os novos profissionais da propaganda brasileira.

Tributos – A carga tributária que assola o País vai diminuir e, com isso, as empresas vão poder aumentar suas ações de comunicação com o consumidor.

Valorização do negócio – Finalmente, vamos poder cobrar o preço justo pelo nosso trabalho, sem arrochos e pressões de nenhum lado.

Liberdade de expressão – Com liberdade de expressão a gente faz as melhores coisas do mundo, principalmente publicidade.

Meus amigos, alimento as mesmas esperanças nos outros 6 painéis do Congresso, mas como o espaço é curto e o tempo também, me ative apenas aos 9 aí de cima, até porque, com eles, eu tenho mais afinidade.
Vamos fazer muito mais no futuro? Claro que vamos. Quem viver verá.

Nenhum comentário: